Durante anos, envergonhei os meus filhos com as minhas fotografias de rua. Depois, eles desistiram. Eu ia fazer o que tinha de fazer. O que me choca, quando olho para trás ao longo de várias décadas de fotografias espontâneas e editoriais, é a quantidade de fotografias que tirei sem que os seus sujeitos percebessem o que eu estava a fazer.
Agora que estou reformado, vivo em Paris, mas há anos que visito esta cidade, normalmente várias semanas de cada vez, conforme o calendário académico o permite. Estive a ver as fotografias que tirei de parisienses, viajantes, artistas e amantes de arte nos museus de Paris. Tenho de admitir um pouco de sarcasmo, mas também um verdadeiro carinho pela nossa reverência partilhada pela grande arte em espaços monumentais.
Já confessei esta prática noutro local, mas pensei em oferecer uma coleção destas fotografias, captadas com câmaras mirrorless em modo silencioso e com várias gerações de câmaras iPhone – verá que incluem algumas experiências com filtros.
Admiro os visitantes que têm a paciência de alugar as narrativas gravadas e invejo os estudantes que vêm desenhar ou pintar as obras de arte.
Adoro a forma como os espectadores interagem com a arte…..